Laura Fernandes Costa, de 31 anos, morreu após uma cirurgia de colocação de balão gástrico em Belo Horizonte, e sua família denuncia negligência médica. Com o casamento marcado para 7 de setembro, Laura decidiu fazer o procedimento para emagrecer antes da cerimônia. O médico responsável, Mauro Lúcio Rodrigues Jácome, nega a acusação.
A cirurgia ocorreu em 26 de abril na Clínica Cronos, na Região do Barreiro. Onze dias depois, Laura foi internada com fortes dores e passou por uma intervenção de emergência, mas não resistiu. A certidão de óbito indica que ela teve uma infecção generalizada devido a um furo no estômago.
Os parentes afirmam que Laura não deveria ter feito o procedimento devido ao seu Índice de Massa Corporal (IMC). Eles relatam que, um dia após a cirurgia, ela começou a vomitar sangue. Em 30 de abril, Laura pediu a retirada do balão, mas a remoção só ocorreu em 2 de maio, em outra unidade da clínica.
No dia 6 de maio, Laura foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, em Nova Lima, onde foi constatada a perfuração no estômago. Ela passou por uma cirurgia de emergência devido à gravidade do quadro, mas morreu no dia seguinte.
Os familiares criticam o acompanhamento médico e alegam que o contato com a clínica foi inadequado. Eles também afirmam que a clínica se recusou a fornecer o prontuário de Laura.
A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para investigar a causa da morte. A Clínica Cronos afirmou, em nota, que o procedimento foi realizado conforme os padrões e que a paciente foi informada dos riscos. Eles também mencionaram que Laura não compareceu aos retornos agendados e que insistiram em manter contato.
O médico Mauro Lúcio Jácome e a clínica se solidarizaram com a dor da família e estão colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos.